Sara Jane

O assessor pensou que o empresário fosse concordar com o seu comentário sobre a ligação, mas ele somente sorriu e saiu de perto. E por trás dos bastidores toda uma equipe se revezava para o bem sucedido show. Luz, som, efeitos especiais, e o mundo da fantasia crescia e chegava ao auge com o fim da apresentação da jovem estrela com uma de suas canções mais famosas em acústico. Ela levava os seus fãs ao clímax da apresentação e ela sabia que, no dia seguinte encontraria muitos deles ali novamente naquele estádio. 

Sobre o palco existia um mar de presentes, cartazes com declarações de amor, paixão, carinho, ursinhos, flores, chocolates (os chocolates que ela gostava) e tudo era recolhido e levado para um lugar que ela sempre pedia para reservar para depois poder ver e ler, e muitos dos ursinhos ela doava para orfanatos. 

Antes de sair do palco ela apresentou a banda que estava apadrinhando, e que abria e fechava todas as suas apresentações naquela turnê. A banda era boa, se ela gostava, seus fãs gostavam. E todos concordavam com uma coisa: ela tinha bom gosto. E ao chegar atrás do palco, onde uma multidão de pessoas trabalhava longe da visão do público, ela com uma garrafa de água com sabor, chamou sua equipe e agradeceu pela apresentação excelente daquela noite. 

Suada e sorridente, bebeu um gole da água e ao ver o pai, correu na direção dele e o abraçou. Era imensamente grata ao homem que deixou tudo para trás para correr atrás dos sonhos da filha, e hoje ele era o pai de uma estrela formidável. 

_ Pai! Como foi? O senhor gostou?

_ Foi formidável, minha filha. Agora... (olhou para o empresário dela e para os assessores que estavam prontos para enchê-las de recados e lembretes) iremos para o hotel para você descansar. Hoje você teve um dia muito corrido. 

Ela se virou para Tim e indagou:

_ Não tinha que ir para alguma recepção agora?

Entendedor do olhar do pai da jovem, respondeu:

_ Não. Amanhã. Seu pai tem razão, coletiva, ensaio fotográfico, rádio, tv tudo num dia só deve ter deixado você desgastada. 

Abraçada ao pai respondeu:

_ Que bom. Estou bem cansada mesmo. Obrigada, pessoal. 

_ Vamos sair por trás, os carros já estão prontos pra sair. A escolta está a espera. _ Afirmou Tim. _ Sara, Sowyer ligou. 

Sara parou de andar e abriu um largo sorriso: 

_ Ligou? Que maravilha, depois vou ligar pra ele também. O Artur ligou?

_ Esse não. Creio que não queria incomodar você.

_ Sim. Verdade. Ele é um amor. 

Continua...

 

Sara Jane

Estava ainda no camarim, e como se fosse a primeira vez  coração batia acelerado e as mãos suavam, mas quem a visse de longe via uma jovem firme, forte e segura do que estaria em minutos, prestes a fazer. Levar um estádio estadunidense ao delírio. Dentre jovens e adultos, ali estavam seus fãs e admiradores. Sabia quanta responsabilidade era estar ali. Abriram a porta do camarim e um colocou a cabeça para dentro e avisou: Dois minutos, Sara! Sorriu sem palavras, estava concentrada e orando. Uma equipe de segurança a aguardava ao lado de fora, e quando saiu acenou para alguns, sorriu para outros, falou ao ponto com o seu empresário e quando se deu por conta estava ouvindo sua banda tocar a sua música de entrada e o estádio inteiro se ergueu num coral e aplausos sem fim e então ela surgiu no centro do palco pelo elevador juntamente com suas bailarinas. 

Por mais que estivesse com ela há anos (exatamente quinze anos) ele ainda, seu empresário, se assustava com tão grande plateia ela possuía. O Gigantesco estádio parecia pequeno diante de tantas pessoas, e o segundo show para o dia seguinte estava com todos os ingressos esgotados há um ano. Ela era uma mina de ouro, ou muito mais do que isso, era talentosíssima. 

Seus shows eram um dos mais procurados, sua agenda desde o primeiro dia do ano, estava lotada para o ano inteiro. E essa rotina e correria se repetia desde os seus treze anos, quando começou a carreira solo nos Estados Unidos. 

Eram duas horas de espetáculo, não era de fazer muitas trocas de figurinos para não perder tempo, quando saía do palco seus músicos levavam o publico ao delírio com suas apresentações. Mas o estádio parecia querer desabar quando ela retornava, mais ainda quando retornava com o violão. 

Tim, o empresário, perto do palco, nos bastidores, sentiu o telefone tocar, e atendeu:

_ Pequeno príncipe (se esforçava para falar o idioma do menino). Não, ela não pode atender agora, meu amigo. Ela estava no palco, mas pode deixar que eu aviso que você ligou. Sim, aviso sim, palavra de Tim. 

Um dos assessores ao lado, ao ouvir o que ele tinha dito, comentou:

_ Esse menino ligou de novo?

continua...

Tudo ou Nada

Quanto tempo. Sim, faz quase um ano, exatamente dez meses que não entre neste blog. Sinceramente só recordei dele com mais frequência por que uma pessoa querida disse que entrou aqui e viu o ultimo post de novembro de 2011... Uffa, quanto coisa aconteceu desde essa data... Mais ainda desde de que cheguei em Sorocaba.

Vim para Sorocaba no "Tudo ou nada"; isto é: pedi demissão da empresa onde trabalhava como assistente administrativa (eu amava trabalhar lá), mas naquele ano muitas coisas aconteceram naquele lugar, estava estressada ao extremo que tinha vezes que alguém chegava perto de mim para perguntar de estava tudo bem e eu respondia: não está não, por que você está respirando.  Era algo assim que eu respondia. Algumas coisas e reviravoltas e a tremenda tristeza dentro de mim, que quando eu ia embora para casa eu ficava no quarto, chorando, não conseguia dormir, tinha uma grande ansiedade de ter alguém do meu lado, mas já tinha chateado muitas pessoas pensando só em mim. Parecia que não, mas eu era egoísta e só percebo isso hoje. Era só eu e eu! O pior erro da minha vida era só pensar em mim e as outras pessoas que se superassem a dor que eu causasse nelas. Passava horas exageradas onde trabalhava talvez para fugir dessa realidade cruel que me corroía por dentro. Claro que ali tinha pessoas que eu admirava, mas também tinha pessoas que eu suportava, mas sempre tentava fazer o meu melhor. 

Toda aquela angustia era por que dentro de mim existia um vazio, uma dor enorme na alma. Eu era incompleta, era como se faltasse algo muito profundo; e o pior era que eu sabia o que era e não queria pagar o preço para me completar, hoje sei disso, mas antes não. Eu não tinha força para fazer o que tinha que ser feito ou não queria, mas numa sexta-feira tudo teve fim para um recomeço. Conversei com minha melhor amiga comunicando que eu ia pedir demissão de onde trabalhava (comuniquei por que morávamos juntas, eu a tinha a convidado para dividir comigo a casa onde meus pais moravam para eu não ter que vir para Sorocaba) e para o meu bem ela apoiou. Apoiou mesmo sabendo que eu ia partir! Sim, dias depois vim de "mala e cuia" para Sorocaba. Sem emprego, sem amigos, sem nada. Um verdadeiro recomeço e eu tinha a certeza absoluta que eu ia me encontrar, me completar e ser diferente. Isso foi no fim de 2008. Fiquei um mês de férias (digo isso por que exatamente um mês depois que cheguei em Sorocaba eu arrumei outro emprego) e nesta empresa eu tinha horário de sair... Rsss... Comecei a treinar karatê, e as artes marciais me levaram a encarar uma realidade: se eu me sacrificava pelo karatê, tinha que fazer isso pra Deus. E assim voltei para minha casa: a Igreja Universal! Eu era jovem afastada. Daí para cá, minha vida mudou completamente!!! Uhhhuuu! Voltei na reunião da terapia do amor, ali aprendi que em vez de procurar a pessoa certa eu tenho que ser. Deu certo. Eu sabia que ia dar certo desde o principio. Da terapia fui ás terças, das terças fui aos sábados e dos sábado meio dia para a Força Jovem cinco da tarde e quem diria... A menina quieta que tinha vergonha de estar sozinha no meio da multidão hoje começou a mudança na Força Jovem. E a Força Jovem hoje é a minha vida. Nela fiz amigos, nela conheci o meu marido no primeiro  dia em sta Cecilia, nela fui cabeça de tribo, fui preparada para cuidar de adolescentes e nem sabia...rsss... e com os adolescentes fui preparada por Deus para cuidar da Força Jovem de sta. Cecília. E ali aprendi que só estou ali para formar pessoas melhor que eu e meu marido que me ajuda muito. Em quatro anos o Senhor Jesus, General de Guerra mudou uma parte da minha existência- digo uma parte por que eu creio que Deus tem muito mais para mim. Não sou mais vazia, não sou mais egoísta, aprendi a ser humilde, aprendi a amar, aprendi que pata ter eu tenho que dar. E o melhor de tudo é que Deus é o meu bem Maior. E dessa terra eu saio diretamente para o terceiro céu!!!

Eu passei por muitas coisas para chegar até aqui, mas tudo valeu a pena -melhor- o frango inteiro e não só as penas- kkkk- para chegar onde cheguei, mas se eu quiser mais, sei que terei de me dar muito mais para Deus, para Ele me retribuir. Deus retribuiu tudo que fiz por Ele e em Nome Dele desde que cheguei aqui. Mas eu quero ir mais longe, então tenho que me doar mais. 

Forte abraço e viva ao recomeço de cada dia! 

Quanto tempo não apareço para escrever aqui. Faz meses na verdade... Bom tem sido um pouco corrido, mas não tenho o que reclamar. Deus é maravilhoso.

Ontem foi domingo, meu esposo foi trabalhar pela manhã e eu fui à ouvir o que meu Pai tinha a me dizer. Aproveitei para pedir perdão pelos erros, que mesmo sem querer, cometo. Pois humana, fazer o quê... Aprender com meus erros, pedir perdão ao Meu Amado e seguir enfrente. e seguir em frente com Deus diante de mim é uma honra!

Quando cheguei em casa, passado um tempo fui na casa de minha mãe, almocei com ela, conversamos um pouco, depois fomos uma amiga e eu; a obreira Dayane atrás de uma ex- obreira, depois fomos na casa de um outro ex- obreiro para confirmar se ia ou não à vigília no doa 09/12/2011 e na volta tomamos aquela chuva, chegamos um pouco molhadas (o dilema da obreira era a chuva molhar sua franja...kkkk), e passado um tempinho tivemos uma reunião de despertar com o pastor, usado pelo Espírito Santo; em seguida um rápido parabéns para uma obreira muito querida, a dona Paula, depois fomos jogar vôlei um pouco.... Jovens do Força Jovem contra a Obreiras... Ok, certo que tivemos que fazer um bem bolado para a rede ser estendida, já que não tinha na quadra os ferros da mesma, mas nada que nós não damos um jeitinho... kkk... Fiquei um pouquinho, depois fui embora e as deixei por lá, mais tarde, alguns Obreiros e Jovens, foram jogar futebol na mesma quadra... Nesta hora já estava em casa...

Quando meu esposo chegou estava a janta praticamente pronta... Sim, foi um dia maravilhoso. Obrigada, Senhor Jesus.

Quando percebi que o dia tinha sido maravilhoso? Hoje...Porque?

Assim que cheguei na empresa onde trabalho, a menina do financeiro comentou sobre o acidente de carro que a irmã dela havia sofrido (graças a Deus estão bem, só com uns pontinhos), e depois chegou a menina do comercial... Parentes do esposo dela tinham sofrido acidente de moto)... Espero que o mesmo milagre tenha ocorrido com eles como ocorreu com os parentes da outra menina...

Eu agradeço a Deus por nos dar o privilégio de estarmos sob Suas Asas...

Ps: ontem o Espírito Santo voltou a reunião inteira para falar sobre o Abrigo de Deus...

Ah, na quarta-feira, dia 23-11-2011, à noite, durante a busca ao Espírito Santo, onde a reunião estava voltada plenamente para a Salvação, na calçada de nossa Igreja um homem agonizava por ter levado 03 tiros, por não ter entregue a moto ao assaltante que o abordara. Quando terminou a reunião vi como todo os membros, a ambulância parada na calçada e aquela movimentação... dizem que ele morreu... Não sei...

Creio que nem preciso falar mais nada...