New Zeland

A guerra só fortalece e trás a tona os guerreiros de fé com a mente sã lhe põe de pé. Quando a determinação se faz presente, nos tornamos guerreiros fortemente armados contra as energias negativas. Sendo assim: Os guerreiros somente usam a verdade. Já os covardes só lutam com a mentira.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Diário de Patricia- Pag.43 a Pag.45

25/09/2004 Pag.43

Esta cada dia mais complicado trabalhar com Pedro. Ele não me ignora como profissional, mas nada alem disso. Todas as palavras a mim direcionadas são sobre reuniões, relatórios, entradas e saidas. Pelo que sei não esta saindo com ninguém. Mas é desagradável ve-lo, saber que ele voltou para ficar comigo e... Nunca derramei lágrimas por um homem, nunca na verdade eu tinha gostado de alguém de verdade. Fingir sim e por grana, mas com ele estava disposta, sabe? Acho que não nasci para ser feliz. Talvez seja meu destino viver como antes. Digo isso por que são tres da madrugada e não estou em casa. Sai com o pessoal da faculdade e fomos num show, o cantor estava lá e mesmo acompanhado da esposa deu um jeito de me chamar. Não dei bola, fingi que não era comigo, mas sei lá, bebi um copo de cerveja, um; e parece que apaguei. Acordei com ele. Ainda estou no Flat, ele não, já foi embora para não ficar muito na cara, mas deixou uma bolada ao lado do travesseiro. Quando acordei e vi o que tinha acontecido me deu náuseas. Não entendo. Desde aquela maldita noite com Alberto não suporto ser tocada, mas parece que isso não importa quando saio de mim. Como vou chegar em casa? Com que cara?

02/10/2004 Pag.44

Estou afastada de novo do trabalho. Depressão. Ontem nao consegui me levantar da cama. Minha vó esta' tao preocupada comigo, mas eu nao consigo reagir. Depois da discussao que tive com Pedro meu mundo desabou. O fio da picada foi no auge da discussão que ele me chamou de prostituta e destruidora de lares. Escárnio da raca humana... o pior foi quando disse que eu merecia o que aquele monstro fez comigo. Isso foi o pior. Alberto me destruiu naquela noite e Pedro deu o tiro de misericórdia. Depois desse dia morri. Nem sei por que respiro. Preferia que ele nunca falasse comigo que ouvir isso dele. De qualquer um, menos dele. As vezes acordo chorando e Ursula perguntando o que houve... Minha vó entra no meu quarto e fala coisas que escuto e não compreendo, como se estivesse ficando débil. Essa semana quando fui colocar o lixo no cesto la' na calcada alguem jogou pedra em mim, acertou minha cabeça, mas eu não vi quem foi. Nem comentei nada.

28/10/2004 Pag.45

Uma coisa surpreendente aconteceu hoje a tarde. Minha avó ligou da feira, onde ela começou a trabalhar vendendo os tapetes que ela faz. Acho que nunca comentei isso aqui. Nao queria ir, mas ela insistiu tanto que sem querer fui. Vesti uma calca de moleton e uma blusa de moleton mesmo, parecia que eu estava no inverno. Prendi o cabelo de qualquer jeito e calcei uma sapatilha e sai. Nem olhei pro lado quando sai da garagem e fui busca-la. Sai do carro pra ajuda-la com as sacoladas de tecidos que ela tinha comprado pra nova remessa e ela disse que ia pegar o restante de uns retalhos de couro que estavam na administração da feira; e enquanto eu aguardava ele pegou meu braco ja me arrastando pra longe dali. Minhas pernas tremeram tanto que fiquei imóvel. Me mostrou a arma e disse que dessa vez ele tinha se encarregado de verificar o pente e a trava. Parecia que ia quebrar meu braco, os olhos dele estavam arregalados e cheios de ódio. Os olhos vermelhos pareciam que iam me matar... As pessoas estavam ocupadas demais para se importar com aquele homem. Era como se ninguém visse alguma coisa. A unica coisa que eu fiz em mente foi agradecer por Ursula nao estar ali e sim na igreja, sabia que ela estava la'; e a unica certeza que eu tinha era que ia morrer. Não sei de onde ele tirava tanta forca, pois parecia que ele apertava diretamente os ossos do braço e doia como se tivesse quebrado. Vi o carro dele e ao tentar me soltar ele me jogou no chão e sacou a arma e mirou no coração, ele disse que meu tempo havia acabado. Chorando fechei os olhos e esperei. As pessoas não faziam nada e então ouvi uma voz. A voz da minha vo que ficou na minha frente. Ela desafiou o monstro e ele apontou a arma pra ela. Quando ele apertou o gatilho a ama travou de novo. Depois de novo e de novo, então minha vó disse que se o Deus dela existia de verdade tudo ia ter fim naquele instante, então dois homens apareceram do nada e agarraram ele e tomaram a arma. Eram dois policiais a paisana. Eles dois tiveram dificuldade de segurar ele, entende? Chorei tanto, mas tanto... Minha vó me abraçou e disse que tudo ficaria bem e disse pra eu agradecer a Deus. Estou arrumada e ela esta tomando banho. Trancou os portão e esta com a chave só por garantia de deu não sair. Ve se da?

Continua...

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