11/08/2005- Pag. 103
Agora que conseguimos colocar as coisas em ordem depois da viagem que fiz, estou indo a Igreja na parte da manha e antes do almoço vou para casa, tomo um banho e almoço. Vou para a loja e levo o almoço da minha vo e da minha irma; antes passo na escola e a pego. Trabalho ate as dezessete e trinta, as levo para casa, nos arrumamos, as deixo na Igreja e vou para a faculdade. Chego quase meia noite. Confesso que nos primeiros dias eu ficava com medo de ser abordada por alguém, quando algum rapaz se aproximava de mim, as vezes so por que era o mesmo caminho, eu tremia de pavor; no inicio da semana, no estacionamento um rapaz cutucou meu ombro e sei de mim que antes de virar eu tremi dos pés a cabeça; era um rapaz do mesmo curso que queria um livro emprestado. Dentro do carro, depois que ele foi embora, chorei revoltada. Ate quando eu ia sentir medo? Me recuso... Hoje de manhã acordei suando, minha vo disse que parecia que eu estava lutando com alguém. Então eu contei que tinha tido um pesadelo que alguém estava me perseguindo. Não sei por que disso agora. Pensei que tivesse superado todos esses traumas.
13/08/2005- Pag. 104
Recebi um e-mail de Pedro. Ele aceitou assumir a empresa qual fomos realizar uma auditoria. Disse que esta indo ao menos uma vez por semana na Igreja. Esta indo nas quartas-feiras desde que voltamos. Disse no e-mail que o convívio que tivemos naquela semana fez ele ver algo ou alguém em mim que o fez ficar curioso em conhecer o mentor da minha fé. Essas foram as palavras dele, acredita? Disse no fim do e-mail que tinha a necessidade de pedir desculpa por não ter respondido minha pergunta sobre a visita que ele fez comigo a Igreja aquele dia e... Bom, fiquei muito contente quando li ele mencionar que quando colocou os pés no templo ele sentiu um rebuliço dentro dele. Sentiu um alivio seguido de alegria, como se nunca tivesse se sentido feliz na vida. E isso havia deixado ele atordoado, pois tudo que ele havia crido antropologicamente estava deteriorado pela "teologia". Resumindo. Ele estava crendo. E assumia um compromisso de continuar a ir e a se esforcar ao máximo para conhecer este Deus que ele estava vendo a algum tempo. Quanto a filha, ele continuaria a cuidar dela e da mae dela. Para ser sincera, acho que este e-mail é o ultimo que terá algum traço de pessoal entre no's dois.
31/08/2005- Pag.105
Ai que dor. Soube que dois jovens que se afastaram e que estávamos atrás deles já algum tempo foram friamente assassinados por uma gangue sanguinária. Eu chorei ao ponto de soluçar, pois algumas horas antes eu os visto passar enfrente a loja e corri atrás deles. Fiquei um tempo com eles, os convidei para irem comigo na reunião, disse que ate ir busca-los se necessário. Mas eles riram de mim, perguntaram quanto eu queria pra ficar com eles, me chamaram de cada coisa... E foram embora. A noite eu soube da fatalidade e fiquei muito triste. Que Deus console a familia desses irmãos. Mas a vida continua.
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